História

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A Borhevea foi fundada no ano de 2017, mas é fruto de longos anos de trabalho com a produção de coágulo. As primeiras mudas de Hevea brasiliensis foram plantadas na década de 1980 na propriedade Moinho Velho, localizada no município de Votuporanga. Com o tempo, o cultivo da borracha foi iniciado nas fazendas Maravilha (Meridiano) e Três Irmãos (Pedranópolis). Desde então, estas propriedades, entre outras que se tornaram nossas parceiras e fornecedoras, passaram a fornecer um produto de alta qualidade para a produção de GEB 10.
A instalação da Borhevea se deu no momento em que houve a necessidade de continuarmos com essa trajetória, mas avançando no sentido de fornecer uma borracha natural com característica superiores à disponível no mercado e a preço competitivo.

A borracha

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A principal área de ocorrência da Hevea brasiliensis nativa se estendia por todos os afluentes da margem direita do Rio Amazonas chegando em direção aos contrafortes dos Andes, ao Peru e à La Paz. Contudo sabe-se que desde a chegada de Cristóvão Colombo se tem o conhecimento de artefatos de borracha sendo usados pelos nativos da América. Em 1743, la Condamine escreveu a propósito de uma árvore que os nativos de Quito e das Margens do Marañon chamavam de cau-chu (que significa “pau que dá leite”). Do látex dessa planta, fabricavam uma goma que usavam para fazer garrafas, calçados, bolsas, bolas e bombas ou seringas (que dá a designação em português).
Em 1836, Goodyear, através da vulcanização da borracha, transformou o látex em um material estratégico para o mundo moderno. Mas, foi somente na segunda metade do século XIX que, através da coleta de sementes pelo inglês Henry Alexander Wickham (1876) no Vale do Tapajós e o plantio destas no Império britânico na Ásia, deu-se a domesticação da seringueira. O período coincide com o desenvolvimento de veículos automotores que originou o chamado ciclo da borracha na Amazônia. Durante todo o século XIX a produção da borracha brasileira supriu o mercado internacional. Porém entre os anos finais do século XIX até a década de 1910, observa-se o auge da produção de borracha na Amazônia, sendo este período considerado por especialistas o ciclo da borracha.
Nos anos de 1920, inicia-se a decadência da região, sendo o produto amazônico sobrepujado pelo asiático a partir de então. Para fazer frente ao monopólio britânico sobre a borracha asiática, Henry Ford decidiu comprar terras na margem direita do Rio Tapajós, dentro dos municípios de Aveiro e Itaituba, onde iniciou a plantação de um seringal. Ali, o americano fundou Fordlândia na qual pretendia concentrar a extração da seringa. O fracasso não tardou em função da escolha errada do solo e da ocorrência do mal das folhas, doença provocada pelo fungo Microcyclos. Ainda houve uma nova tentativa de plantar e colher borracha na região de Belterra, também sem sucesso. A presença da Ford Motor Company, que havia começado em 1927, encerra-se oficialmente em 1945 na Amazônia.

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Em 1743, la Condamine escreveu a propósito de uma árvore que os nativos de Quito e das Margens do Marañon chamavam de cau-chu (que significa “pau que dá leite”). Do látex dessa planta, fabricavam uma goma que usavam para fazer garrafas, calçados, bolsas, bolas e bombas ou seringas (que dá a designação em português) (GONÇALVES, Paulo de S.; CARDOSO, Mário; ORTOLANI, Altino A. Origem, variabilidade e domesticação da Hevea: uma revisão. Pesquisa Agropecuária, Brasília, 25 (2), p. 135-156, fev., 1990).